segunda-feira, 20 de junho de 2011

Respostas Hormonais ao Treinamento aeróbio


Nesse ultimo sábado fui convidado para ministrar uma aula intitulada “Respostas hormonais agudas e crônicas do treinamento aeróbio” em um curso de especialização da Escola Paulista (Unifesp). Tema bastante sugestivo, pois treinamento aeróbio foi o que sempre fiz, apesar das minhas aventuras no treinamento de força, e respostas hormonais foi o que me intrigou e impulsionou me para a pós- graduação.
Busquei na primeira parte da aula descrever as respostas hormonais agudas do exercício aeróbio, onde a descarga simpática inibi a secreção de insulina e frente a essa situação aparecem os tidos contra regulatórios: glucagon, Hormônio do Crescimento (GH), Cortisol e catecolaminas, no sentido de manter as concentrações plasmáticas de glicose para a função do sistema nervoso central e para o fornecimento de substrato energético para o exercício. Nesse sentido mostrei que os hormônios tem suas ações bastante peculiares nos diferentes tecidos, muitas vezes tendo suas ações um pouco confusas quando se olha de maneira fragmentada, por exemplo, o cortisol tem um efeito lipolítico e lipogênico, lise de gordura e geração de lipídios, estimula a glicogênio sintase, enzima chave na síntese de glicogênio, ainda estimula a enzima chave da gliconeogênese, fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK), enquanto o glucagon estimula a glicogênio fosforilase, responsável pela quebra dos polímeros de glicose (glicogênio). Parecendo haver a todo momento um efeito de ir freando esse estado de fornecimento de substrato energético.
Na segunda parte mostrei os resultados agudos e crônicos sobre o eixo hipotálamo hipófise glândulas e hormônios frente ao exercício aeróbio. Nesse momento envolvemos mais uma serie de controles e repercussões frente a essa situação. A partir desse momento as respostas parecem sempre ter um importante efeito agudo, reduzindo sua magnitude com o treinamento, em especial aos hormônios GH, cortisol e Testosterona (Testo), e com relação aos crônicos as repercussões não tem sido bem documentadas. Com relação as catecolaminas, em especial a adrenalina, mostrei resultados de pesquisas recentes, que mostram seus efeitos sobre o estimulo da síntese e de inibição da degradação, reforçando ainda mais a idéia inicial de que parece haver a todo momento um efeito de ir freando o estado de fornecimento de substrato energético a todo custo.
A aula no geral foi muito boa, acredito que tanto para mim quanto para eles!!!rs


Bons treinos galera...

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