quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Periodização: Alcançando metas

A periodização é uma ferramenta utilizada e descrita desde a Grécia antiga, empregado na preparação de atletas com o objetivo definido para uma determinada competição.
Relatos do acompanhamento anual de atletas na URSS foram descritos por Matveev (1965) trabalho esse que foi visto com muita atenção, pois com o passar dos anos isso passou a ser utilizado na preparação de soldados com objetivo na preparação bélica desses indivíduos. Mais tarde com inicio dos jogos olímpicos da era moderna, onde as premiações passaram a ser maiores, outro fator preponderante nesse período foi à busca da supremacia esportiva das grandes potencias econômicas mundiais. Nesse momento a utilização da periodização passou a ser crucial na preparação dos atletas profissionais.
Visto que o modelo inicial era descrito como uma preparação dividida em pequenos períodos, denominado pelo autor como macrociclo. Sendo que essas divisões poderiam estar objetivando apenas uma competição por ano, duas, três ou múltiplas. Umas das características principais nesse modelo seria a preparação feita em fases com objetivo na competição principal. Mais tarde outros autores com base nos achados inicias de Matveev passaram a fazer modificações e questionamentos com relação ao modelo apresentado. Tschiene (1980) sugeriu um modelo que oscilava elevadas intensidades e volumes (entre 80-100%) durante todo o período de preparação, chamando de modelo oscilatório. Mais tarde Verkoshanski (1990) descreveu um modelo em blocos, em especial por 3 tipos de blocos, sendo que o inicial seria composto de exercícios de preparação geral, o segundo da preparação especial e o terceiro a realização da prova ou competição, lembrando que os volumes iniciais seriam altos com intensidade baixa e ao se aproximar da competição essa relação se inverteria.
De maneira contemporânea Bompa (2000) sugere apenas algumas mudanças no modelo inicial de Matveev, pois cita a importância desse autor para a melhor compreensão e preparação. A proposta do Bompa sugere a substituição dos subitens compostos de 4 a 6 microciclos (cada microciclo se refere a um período de 6 a 7 dias) chamados de mesociclos, por períodos chamados macrociclos. Bompa sugere tal mudança em virtude do elevado numero de competições que o calendário atual propõe para os atletas profissionais, pois com essa proposta a preparação pode ser melhor dividida e controlada.
De mãos dessas propostas escolher a melhor estratégia faz se necessário para encaixar os  melhores métodos de treinamento. Lembrando que nesse momento é imprescindível conhecer os princípios básicos do treinamento.
Com relação os métodos de treinamento, compreender a via metabólica preponderante na modalidade faz se necessário, diante disso utilizar métodos que sejam capazes de criar mudanças e alterações em todo arcabouço metabólico do atleta. A literatura sugere que mesmo atletas de predomínio aeróbio necessita de uma melhora no metabolismo anaeróbio, pois essa estratégia é capaz de melhorar o rendimento geral do atleta durante uma prova ou competição.