A periodização é uma ferramenta
utilizada e descrita desde a Grécia antiga, empregado na preparação de atletas
com o objetivo definido para uma determinada competição.
Relatos do acompanhamento anual de atletas na URSS
foram descritos por Matveev (1965)
trabalho esse que foi visto com muita atenção, pois com o passar dos anos isso
passou a ser utilizado na preparação de soldados com objetivo na preparação
bélica desses indivíduos. Mais tarde com inicio dos jogos olímpicos da era
moderna, onde as premiações passaram a ser maiores, outro fator preponderante
nesse período foi à busca da supremacia esportiva das grandes potencias
econômicas mundiais. Nesse momento a utilização da periodização passou a ser
crucial na preparação dos atletas profissionais.
Visto que o modelo inicial era descrito como uma
preparação dividida em pequenos períodos, denominado pelo autor como macrociclo.
Sendo que essas divisões poderiam estar objetivando apenas uma competição por
ano, duas, três ou múltiplas. Umas das características principais nesse modelo
seria a preparação feita em fases com objetivo na competição principal. Mais
tarde outros autores com base nos achados inicias de Matveev passaram a fazer
modificações e questionamentos com relação ao modelo apresentado. Tschiene (1980) sugeriu um modelo que
oscilava elevadas intensidades e volumes (entre 80-100%) durante todo o período
de preparação, chamando de modelo oscilatório. Mais tarde Verkoshanski (1990) descreveu um modelo em blocos, em especial por
3 tipos de blocos, sendo que o inicial seria composto de exercícios de
preparação geral, o segundo da preparação especial e o terceiro a realização da
prova ou competição, lembrando que os volumes iniciais seriam altos com
intensidade baixa e ao se aproximar da competição essa relação se inverteria.
De maneira contemporânea Bompa (2000) sugere apenas algumas mudanças no modelo inicial de
Matveev, pois cita a importância desse autor para a melhor compreensão e
preparação. A proposta do Bompa sugere a substituição dos subitens compostos de
4 a 6 microciclos (cada microciclo se refere a um período de 6 a 7 dias)
chamados de mesociclos, por períodos chamados macrociclos. Bompa sugere tal
mudança em virtude do elevado numero de competições que o calendário atual
propõe para os atletas profissionais, pois com essa proposta a preparação pode
ser melhor dividida e controlada.
De mãos dessas propostas escolher a melhor
estratégia faz se necessário para encaixar os
melhores métodos de treinamento.
Lembrando que nesse momento é imprescindível conhecer os princípios básicos do treinamento.
Com relação os métodos de treinamento,
compreender a via metabólica preponderante na modalidade faz se necessário, diante
disso utilizar métodos que sejam capazes de criar mudanças e alterações em todo
arcabouço metabólico do atleta. A literatura sugere que mesmo atletas de
predomínio aeróbio necessita de uma melhora no metabolismo anaeróbio, pois essa
estratégia é capaz de melhorar o rendimento geral do atleta durante uma prova
ou competição.
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