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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Glicosamina e Diabetes / Glicosamine and Diabetes

É comum pessoas com algum tipo de desgaste articular usar dessa suplementação para o combate e/ou prevenção da progressão. Mas a algum tempo publicações tem demonstrado que a glicosamina pode desempenhar um efeito colateral relevante, causando a resistência à ação da insulina. 

It's usual that people with osteoarthritis disease used these supplementation to tackle and/or prevent the development of the disease. Over the past few years the lecture has demonstrated that the glicosamine could play a adverse effect. This supplementation could cause insulin resistance and a recent study shows these strategies do not prevent development of osteoarthritis.


http://www.healthgalleries.com/arthritis-osteoarthritis


References:
1: Muniyappa R. Glucosamine and osteoarthritis: time to quit? Diabetes Metab Res Rev. 2011
 Mar;27(3):233-4. doi: 10.1002/dmrr.1179. PubMed PMID: 21370382.

2: Dostrovsky NR, Towheed TE, Hudson RW, Anastassiades TP. The effect of glucosamine 
on glucose metabolism in humans: a systematic review of the literature. Osteoarthritis Cartil 
ge. 2011 Apr;19(4):375-80. doi: 10.1016/j.joca.2011.01.007. Epub 2011 Jan 18. Review. 
PubMed PMID: 21251987.

3: Pham T, Cornea A, Blick KE, Jenkins A, Scofield RH. Oral glucosamine in doses used to 
treat osteoarthritis worsens insulin resistance. Am J Med Sci. 2007 Jun;333(6):333-9. 
PubMed PMID: 17570985.


http://www.healthgalleries.com/arthritis-osteoarthritis

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ignore os pessimistas - IGNORE THE NAYSAYERS

Algumas dicas de um dos mais impressionantes atletas dessa modalidade:
Some tips from one of the most awesome athletes of this modality:


 




 Enjoy...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Qual a dose de Whey?


Pergunta constante para aqueles que treinam e buscam um aumento da performance e também para o iniciantes que leram a recomendação do fabricante no pote do suplemento. Mas vou ser breve, os estudos mostram uma dose ideal após o treinamento, essa dose seria 20 g de whey protein, dessa maneira você maximiza o estimulo a síntese proteica, ou seja, aumento de massa magra.





http://www.yourwellness.com/wp-content/uploads/2013/03/whey-protein-drink.jpg



Leituras para diversão:
1: Moore DR, Robinson MJ, Fry JL, Tang JE, Glover EI, Wilkinson SB, Prior T, TarnopolskyMA,
Phillips SM. Ingested protein dose response of muscle and albumin protein synthesis after
resistance exercise in young men. Am J ClinNutr. 2009 Jan;89(1):161-8.
doi: 10.3945/ajcn.2008.26401.
2: Moore DR, Tang JE, Burd NA, Rerecich T, Tarnopolsky MA, Phillips SM. Differentialstimulation
of myofibrillar and sarcoplasmic proteinsynthesis with protein ingestion at rest and after  
resistance exercise. J Physiol. 2009 Feb15;587(Pt4):897-904.
doi:10.1113/jphysiol.2008.164087.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Suplementação de CaHMB e HIIT

Texto publicado no DROPSET

Escrever atualmente sobre suplementação e treinamento tem sido uma tarefa fácil para aqueles que se julgam conhecedores dessa área, mas na verdade essa é uma área delicada, que para os mais dedicados demanda tempo para leitura de vários artigos, para assim poder transpor esses dados acadêmicos para a área prática e até mesmo clínica, eventualmente. Gostaria que entendessem que a leitura que nos referimos são artigos científicos, ou seja, dados confiáveis obtidos com rigor científico e embasamento teórico.
Já escrevemos aqui sobre os mais diversos suplementos utilizados e suas aplicações descritas até o momento. Vamos citar mais uma vez o HMB (beta hidroxi beta metilbutirato) um metabólito do aminoácido leucina, que mesmo sem estar tão falado atualmente ainda é responsável por algumas publicações de relevância. Esse artigo de Robinson et al. (2014) em especial, tratou de aliar a suplementação de HMB e a realização do exercício intermitente de alta intensidade ou HIIT (high-intensity interval training) que foi explicado aqui mesmo em nossa página com um esclarecedor e detalhado texto, não deixem de vê-lo antes. Esse tipo de treinamento tem se mostrado eficiente em melhorar a capacidade oxidativa resultando em redução da gordura corporal (Whyte et al, 2010; Tremblay et al, 1994).
No estudo em questão participaram homens e mulheres entre 18 e 35 anos ativos fisicamente. Divididos em controle (CTL, n=8), os quais realizaram somente os testes pré e pós as 4 semanas, placebo com HIIT (PLA-HIIT, n=13) e o grupo suplementado com CaHMB (cálcio HMB) e HITT (CaHMB-HITT, n=13), que realizaram os treinamentos 3 vezes por semana durante 4 semanas, onde também foram avaliados antes dos treinamentos e após esse período.
Os dados apresentaram efeitos da suplementação de HMB com o HIIT, em especial com relação ao VO2 pico (VO2 peak), VT (limiar ventilatório), dentre outros fatores apontados nesse estudo, ou seja, de alguma maneira a suplementação melhorou a capacidade aeróbia, visto que esses parâmetros buscam avaliar essa capacidade em específico (Fig. 2 e 7, respectivamente). No entanto, Vukovich e Dreifort (2001) investigou a suplementação de HMB em ciclistas de endurance e não observaram o aumento de VO2 de pico, somente uma melhora sobre um teste de exercício incremental (OBLA). Como citado nesse trabalho em questão, a inconformidade dos dados pode ser devido ao grau de treinamento dos indivíduos selecionados, visto que os maiores efeitos da suplementação de HMB parecem ser mais eficientes em indivíduos destreinados (Zanchi et al, 2011).
Alguns outros dados mostram que a suplementação de HMB em corredores resultou em redução dos marcadores plasmáticos de dano muscular e que de alguma maneira essa estratégia pode acelerar a recuperação muscular frente aos treinamentos (Knitter et al, 2000). Especula se ainda que o HMB aprimore os efeitos do HIIT melhorando parâmetros metabólicos relacionados ao sistema oxidativo e a biogênese mitocondrial, bem como aumento do conteúdo de ATP e glicogênio (Pinheiro et al, 2012).
Desta maneira, a suplementação de HMB e HIIT parecem se mostrar eficiente também na melhora do desempenho aeróbio. Vale somente ressaltar que qualquer estratégia adotada, seja de treinamento ou suplementação, deve ser orientada e adequada à realidade da rotina de cada atleta ou indivíduo.



Referências:
Robinson EH 4th, Stout JR, Miramonti AA, Fukuda DH, Wang R, Townsend JR, Mangine GT, Fragala MS, Hoffman JR. High-intensity interval training and β-hydroxy-β-methylbutyric free acid improves aerobic power and metabolic thresholds. J Int Soc Sports Nutr. Apr 26;11:16, 2014

Tremblay A, Simoneau JA, Bouchard C. Impact of exercise intensity on body fatness and skeletal muscle metabolism. Metabolism. 43(7):814-818, 1994.

Whyte LJ, Gill JM, Cathcart AJ. Effect of 2 weeks of sprint interval training on health-related outcomes in sedentary overweight/obese men. Metabolism. 59(10):1421-1428, 2010.

Vukovich MD, Dreifort GD. Effect of beta-hydroxy beta-methylbutyrate on the onset of blood lactate accumulation and VO2 peak in endurance-trained cyclists. J Strength Cond Res. Nov;15(4):491-7, 2001.

Zanchi N, Gerlinger-Romero F, Guimarães-Ferreira L, de Siqueira Filho M, Felitti V, Lira F, Seelaender M, Lancha A:HMB supplementation: clinical and athletic performance-related effects and mechanisms of action. Amino Acids. 40(4):1015–1025, 2011.

Knitter A, Panton L, Rathmacher J, Petersen A, Sharp R:Effects ofβ-hydroxy-β-methylbutyrate on muscle damage after a prolonged run. J Appl Physiol. 89(4):1340–1344, 2000.


Pinheiro C, Gerlinger-Romero F, Guimarães-Ferreira L, Souza-Jr A, Vitzel K, Nachbar R, Nunes M, Curi R:Metabolic and functional effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB) supplementation in skeletal muscle.Eur J Appl Physiol.112(7):2531–2537, 2012.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Carboidratos e proteínas no treinamento aeróbio - Texto publicado no DROPSET

A utilização de suplementos destinada se hoje para os mais variados fins. Nossas matérias anteriores têm discutido sobre estratégias e/ou maneiras de maximizar os benefícios dos treinos bem como da suplementação. Sabe se que o maior marketing e objetivos dos fabricantes visam orientar a venda para os praticantes do treinamento de força, marcado esse emergente na atualidade. Mas não podemos nos esquecer de que os praticantes dos treinamentos de predominância aeróbia também buscam melhores rendimentos com a suplementação, bem como maiores informações sobre como utilizar essa variedade de produtos.
É reconhecida que a utilização de carboidratos no exercício aeróbio se mostra eficiente em prolongar e melhorar a performance, por prevenir a redução de glicose no sangue (hipoglicemia).
Algumas entidades como American College of Sports Medicine e National Athletic Trainers Association não se referem a benefícios de bebidas de reidratação contendo proteínas durante o exercício aeróbio.  No entanto a International Society of Sport Nutrition reconhece que a adição de proteína em bebidas de reidratação (contendo carboidratos e eletrólitos) possivelmente aumenta os efeitos de tais bebidas (Stearns et al. 2010).
Sabe se que a proteína é uma ineficiente fonte de combustível e contribui minimamente para as demandas energéticas do exercício. No entanto existem outros relevantes efeitos fisiológicos da proteína, bem como ela pode aumentar a biodisponibilidade de aminoácidos aumentando a insulina e diminuindo o cortisol. Essas alterações metabólicas e hormonais durante o exercício tem impacto sobre a oxidação de glicose, gordura, utilização de glicogênio e inibição da proteólise.
Outra hipótese da utilização de aminoácidos durante o exercício aeróbio prolongado refere se a sua relação com a fadiga central. Sendo que durante o exercício aminoácidos são utilizados pelos músculos, essa metabolização aumenta a razão triptofano livre e aminoácidos no sangue. Aumentos desse triptofano livre são captados pelo cérebro como um importante percussor da serotonina, que prejudica a função do sistema nervoso central durante o exercício prolongado. Desta maneira a adição de aminoácidos a bebidas de reposição poderia ter um efeito de diminuir a razão de triptofano livre e aminoácidos, retardando assim a fadiga central.
Outro fator importante e reconhecido dos aminoácidos é o seu efeito de melhora sobre o sistema imunológico (Bassit et al. 2002).
Em uma recente meta-análise buscou verificar os efeitos das bebidas de reidratação contendo quantidades de proteínas sobre a performance com base nos trabalhos publicados até o momento. Diante desses dados observou se um aumento médio do tempo de exaustão do exercício aeróbio (~9%) com a ingestão de bebidas contendo proteína em comparação com bebidas a base de carboidratos (fig. A).
Estudos anteriores comprovam que bebidas a base de carboidrato adicionada com proteína é capaz de reduzir dano muscular e dor muscular em corredores (Luden et al. 2006), e aumentar a performance em ciclistas (St. Laurent et al. 2006).
Sabe se que a ingestão de proteínas/aminoácidos aos praticantes de treinamento de força é capaz de estimular a síntese de proteínas contrateis, contribuindo assim para a hipertrofia, no entanto a ingestão de proteínas aos praticantes dos exercícios aeróbios parece estar direcionada à síntese de proteínas relacionada à maquinaria oxidativa, ou seja, aumentando a eficiência do rendimento do exercício.
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Referências:
Stearns RL, Emmanuel H, Volek JS, Casa DJ. Effects of ingesting protein in combination with carbohydrate during exercise on endurance performance: a systematic review with meta-analysis. J Strength Cond Res. 2010.
Bassit RA, Sawada LA, Bacurau RF, Navarro F, Martins E Jr, Santos RV, Caperuto EC, Rogeri P, Costa Rosa LF. Branched-chain amino acid supplementation and the immune response of long-distance athletes. Nutrition. 2002 May;18(5):376-9.
Luden, N, Saunders, M, Pratt, C, Bickford, A, Todd, M, and Flohr, J. Effects of a six-day carbohydrate/protein intervention on muscle damage, soreness and performance in runners. Med Sci Sports Exerc 38: S341, 2006

St. Laurent, T, Todd, M, Saunders, M, Valentine, R, and Flohr, J. Carbohydrate-protein beverage improves muscle damage and function versus isocarbohydrate and isocaloric carbohydrate-only beverages.Med Sci Sports Exerc38 (5): S340, 2006.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Suplementos compostos de multi-ingredientes - Texto publicado no Dropset

O mercado dos suplementos alimentares vem aumentando sua popularidade devido à várias maneiras de divulgação e/ou propaganda. Esse mercado prepara constantemente uma variedade de novos produtos com misturas de suplementos com efeitos bem descritos na literatura, tais como: bcaa, whey protein, caseína, cafeína e creatina; com substâncias ainda com pouca evidência científica. Muito desses suplementos são anunciados para obtenção de perda de peso, bem como ganhos de massa muscular, propaganda extremamente atraente aos diversos tipos de consumidores (Palisin, Stacy, 2005).
Desta maneira existe uma grande popularidade pelos suplementos compostos, chamados de multi-ingredientes ou MIPS (multi-ingredient performance supplements). Nesse sentido estudo de Ormsbee et al. (2012) investigou o efeito da suplementação com multi-ingredientes aliado ao treinamento de força durante 6 semanas. Os grupos experimentais foram divididos em:
-Grupo 1 (n=13): suplementados com multi-ingredientes comercial (whey protein, caseína, bcaa, creatina, beta alanina e cafeína) imediatamente a sessão de treino e logo após;
-Grupo 2 (n=11): suplementados imediatamente e após a sessão com um composto placebo.
O treinamento de força foi realizado três vezes por semana envolvendo os grandes e pequenos grupos musculares, com sessões de treinamento distintas entre os três treinos semanais. Lembrando que a primeira e segunda semana foram realizados treinos com intensidade de 70-75% 1 repetição máxima (RM), na terceira e quarta semana 80-85% 1RM e nas duas ultimas semanas sessões com 85-90% de 1RM. Ou seja, realizou se um periodização nessas 6 semanas de treinamento.
Os resultados não demonstraram diferenças sobre o treinamento de força bem como da suplementação sobre os paramentos hormonais avaliados (testosterona, GH, IGF-1). A suplementação com o multi-ingredientes aliado ao treinamento de força, demostrou aumento da massa magra em 6 semanas sem demonstrar qualquer redução sobre o percentual de gordura (fig.1) e ganhos adicionais da força muscular. No entanto, um aumento da potencia anaeróbica, avaliada pelo teste de Wingate, foi observado (fig.3).
A literatura apresenta que a ingestão de proteínas aliadas ao treinamento de força é uma estratégia eficiente e segura para promoção de ganhos de massa magra, e muito desses efeitos são potencializados com a suplementação isolada de alguns dos integrantes desse suplemento em questão. 
A utilização desse multi-ingredientes pré e pós-treino de força de 6 semanas se mostrou eficiente sobre os ganhos de massa magra e potencia anaeróbia, bem como sobre os paramentros cardiovasculares apresentados em outro trabalho dos mesmo autor (2013).
Ressaltamos sempre que é extremamente importante que a suplementação deve ser encaixada a sua rotina de treinos e alimentação e acompanhada por um nutricionista e profissional de ed. físico. Procure profissionais qualificados e capacitados.


Referências:

Palisin T, Stacy JJ. Beta-hydroxy-beta-Methylbutyrate and its use in athletics. Curr Sports Med Rep. 2005 Aug;4(4):220-3. Review.
Ormsbee MJ, Mandler WK, Thomas DD, Ward EG, Kinsey AW, Simonavice E, Panton LB, Kim JS. The effects of six weeks of supplementation with multi-ingredientperformance supplements and resistance training on anabolic hormones, body composition, strength, and power in resistance-trained men. J Int Soc Sports Nutr. 2012 Nov 15;9(1):49. doi: 10.1186/1550-2783-9-49.
Ormsbee MJ, Thomas DD, Mandler WK, Ward EG, Kinsey AW, Panton LB, Scheett TP,  Hooshmand S, Simonavice E, Kim JS. The effects of pre- and post-exercise consumption of multi-ingredient performance supplements on cardiovascular health  and body fat in trained men after six weeks of resistance training: a stratified, randomized, double-blind study. Nutr Metab (Lond). 2013 May 16;10(1):39. doi: 10.1186/1743-7075-10-39.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Conhecer para enverlhecer

Envelhecer é o processo normal e natural que todos sofreremos, para uns esse processo assombra e causa temor, mas para outros tal efeito biológico é encarado com inteligência e maturidade.  Tais pensamentos positivos acredito que permearam a cabeça do ciclista Cris Horner (foto acima) que aos 42 anos sagrou se campeão da Vuelta da Espanha 2013. Segundo as revistas especializadas ele pensou em aposentar, mas a determinação e a possível decepção de seu filho em dizer aos amiguinhos que seu pai era um ex-ciclista o fez buscar nova motivação.
Segundo a literatura a atrofia muscular inicia se de forma mais acelerada entre 25 e 30 anos, contribuindo para redução de força e função muscular.  No entanto a taxa de síntese protéica entre os indivíduos jovens e velhos não se diferencia na condição basal.
Vale ressaltar que em indivíduos idosos sobre estimulo essa via parece estar “dessensibilizada”. Ou seja, de alguma maneira a sinalização da síntese protéica com o passar dos anos tornar se resistente e/ou deficiente, assim como acontece com a resistência à ação da insulina que é comum acontecer com a senescência também.
Sabendo dessas particularidades torna se imprescindível uma suplementação individualizada e adequada, atentando se para as quantidades diferenciadas nas diferentes fases da vida, bem como no treinamento. E o mais importante é entender que toda e qualquer estratégia utilizada, seja ela nutricional ou de treinamento, deve ser totalmente focada nas peculiaridades da modalidade e no principio mais importante de treinamento que é a individualidade. 

Dickinson JM, Volpi E, Rasmussen BB. Exercise and nutrition to target protein synthesis impairments in aging skeletal muscle. Exerc Sport Sci Rev. 2013 Oct;41(4):216-23. doi: 10.1097/JES.0b013e3182a4e699.
Lexell J, Taylor CC, Sjöström M. What is the cause of the ageing atrophy? Total number, size and proportion of different fiber types studied in whole vastus lateralis muscle from 15- to 83-year-old men. J Neurol Sci. 1988 Apr;84(2-3):275-94.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pliometria, com qual objetivo?

Muitos esportes se beneficiam da melhora da performance no salto vertical, esse treinamento é destinado ao desenvolvimento de força rápida e/ou potência.  Sendo assim a contração rápida e/ou potência é a utilização da tensão da fase elástica, na fase excêntrica do músculo, para a rápida ativação na contração, fase concêntrica.
Então potência, como os físicos gostam de dizer, é a capacidade desenvolver a força em uma unidade de tempo, ou seja, resulta da força aplicada vezes o tempo.
Inúmeras modalidades esportivas se utilizam dessa ferramenta chamada de treinamento pliométrico, que foi introduzido por Verkoshanski em planilhas de treinamento de seus atletas. No entanto, é importante salientar que essa estratégia deve ser encaixada em um padrão de treinamento organizado e periodizado.
Sabendo de antemão que essa estratégia deve ser precedida de uma preparação de base eficaz, no sentido de ter uma musculatura forte e preparada para os grandes impactos que sofreram durante o treinamento pliométrico, evitando assim lesões e consequente afastamento dos treinos.
A literatura apresenta um trabalho que investigou a melhora da potência com treinamentos de força aliados a pliométria e a execução separadamente desses treinos, e verificaram que as maiores melhoras nos parâmetros de força e potência se encontraram no treino que conciliava ambas as estratégias. Um programa pliométrico com corredores  mostraram uma redução do tempo de corrida. 
Outro trabalho verificou que uma série de exercícios pliométricos com diferentes intervalos (1~5 min) de repouso, em jogadores de rugby, melhorou os parâmetros de saltos (altura) e pico de força.

1: Tobin DP, Delahunt E. The acute effect of a plyometric stimulus on jump performance in professional rugby players. J Strength Cond Res. 2013 May 17.
2: Perez-Gomez J, Calbet JA L. Training methods to improve vertical jump performance. J Sports Med Phys Fitness. 2013 Aug;53(4):339-357.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Treinamento individualizado

Ter uma orientação individualizada é importante?Essa é uma questão que sempre permeia o pensamento quando se cogita a possibilidade de contratar um profissional especializado (personal trainer). Para a grande maioria essa duvida é fácil de ser respondida, mas ainda uma parcela acha que isso é apenas um luxo ou um simbolo de status social. A orientação individualizada é fundada em um dos princípios básicos da teoria do treinamento, e se utilizando desse principio os resultados vão ser atingidos com maior magnitude e em um período mais curto. O estudo abaixo buscou investigar tal dúvida, analizando indivíduos experientes em treinamento de força após 12 semanas de treinamento com e sem supervisão sobre parâmetros do treinamento de força, e observaram que os indivíduos com orientação tiveram maiores ganhos de força e massa magra. 

1. Med Sci Sports Exerc. 2000 Jun;32(6):1175-84. The influence of direct supervision of resistance training on strengthperformance. Mazzetti SA, Kraemer WJ, Volek JS, Duncan ND, Ratamess NA, Gómez AL, Newton RU, Häkkinen K, Fleck SJ. The Human Performance Laboratory, Ball State University, Muncie, IN 47306, USA. PURPOSE: The purpose of this study was to compare changes in maximal strength, power, and muscular endurance after 12 wk of periodized heavy-resistance training directly supervised by a personal trainer (SUP) versus unsupervised training (UNSUP). METHODS: Twenty moderately trained men aged 24.6 +/- 1.0 yr (mean +/- SE) were randomly assigned to either the SUP group (N = 10) or the UNSUP group (N = 8). Both groups performed identical linear periodized resistance training programs consisting of preparatory (10-12 repetitions maximum (RM)), hypertrophy (8 to 10-RM), strength (5 to 8-RM), and peaking phases (3 to 6-RM) using free-weight and variable-resistance machine exercises. Subjects were tested for maximal squat and bench press strength (1-RM), squat jump power output, bench press muscular endurance, and body composition at week 0 and after 12 wk of training. RESULTS: Mean training loads (kg per set) per week were significantly (P < 0.05) greater in the SUP group than the UNSUP group at weeks 7 through 11 for the squat, and weeks 3 and 7 through 12 for the bench press exercises. The rates of increase (slope) of squat and bench press kg per set were significantly greater in the SUP group. Maximal squat and bench press strength were significantly greater at week 12 in the SUP group. Squat and bench press 1-RM, and mean and peak power output increased significantly after training in both groups. Relative local muscular endurance (80% of 1-RM) was not compromised in either group despite significantly greater loads utilized in bench press muscular endurance testing after training. Body mass, fat mass, and fat-free mass increased significantly after training in the SUP group. CONCLUSION: Directly supervised, heavy-resistance training in moderately trained men resulted in a greater rate of training load increase and magnitude which resulted in greater maximal strength gains compared with unsupervised training. PMID: 10862549 [PubMed - indexed for MEDLINE]

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Aquecer ou alongar?

A grande duvida que surge antes da realização de exercícios físicos: alongamento ou aquecimento? Essa duvida permeia o pensamento dos pesquisadores a fim de encontrar uma maneira de prevenir lesões provenientes da atividade escolhida.
A lesão muscular é um dos principais problemas enfrentados por atletas, seja ele profissional ou não, consequentemente afastando o praticante por um tempo da atividade e/ou treinamento. Essas lesões por definição podem ser de origem óssea, como fraturas, a nível muscular ou tendão por tensões ou distensões. Essas lesões ainda podem ser provenientes de uma tensão externa sobre o musculo que excede a tensão que seria desenvolvida com um comprimento constante, ou ainda quando uma contração excêntrica pode levar o musculo a uma lesão muscular, lembrando que as lesões musculares são as principais queixas em clinicas de medicina esportiva.
Aquecimento é definido como a melhora da dinâmica muscular afim de prevenir lesões (1), e preparação para as demandas do exercício (2). Esse ainda pode ser passivo ou ativo, onde o passivo incluem banhos quentes, sauna e maneiras de aquecer o corpo por agentes externos e o ativo são movimentos não específicos do corpo (corrida, pedalar e etc) a fim de preparar para a atividade especifica. Lembrando que a intensidade dessa atividade deve estar por volta de 40~60% do VO2 máximo, ou seja, de modo pratico deve ser 55~69% frequência cardíaca máxima (FCmáx). Já os alongamentos são movimentos de estiramento dos músculos, onde a força aplicada deve ser suave, ou seja, tensão sem dor, e as técnicas pode ser dinâmicas, estáticas ou facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), lembrando que a técnica mais aplicada nos estudos é a estática onde cada alongamento deve ser mantida durante aproximadamente 20 segundos para facilitar o alongamento do tecido conjuntivo.
Os estudos não parecem ser conclusivos no sentido de afirmar que uma dessas ferramentas tem uma capacidade mais efetiva na prevenção de lesões, visto que as lesões podem ter outros agentes que interferem nos estudos como: idade, flexibilidade e histórico de lesões anteriores.
Nesse sentido o ideal seria unir as duas atividades cerca de 15 minutos antes das atividades especificas de cada modalidade.


Woods K, Bishop P, Jones E. Warm-up and stretching in the prevention of muscular injury. Sports Med. 2007;37(12):1089-99.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ações previsíveis...

Bom... vou mais uma vez fazer um post diferente dos rotineiros, pois a idéia aqui é discutir artigos científicos relacionados a suplementação e treinamento, mas acredito que esse assunto tem relação direta com a ciência, mas a comportamental. Os acontecimentos de nossas vidas parecem seguir um fluxo natural e desconhecido que nos demonstram a fragilidade diante inevitável, ai que esta: será que realmente tudo é inevitável?Não temos nenhuma relação direta ou até indireta sobre os acontecimentos de nossas vidas?
Isaac Newton já dizia a alguns séculos atrás: para toda ação existe uma reação, se usarmos isso para nossos comportamentos vemos que nossas ações parecem induzir as reações que se seguem. Pois vejam, comer desenfreadamente coisas não muito saudáveis, não realizar qualquer forma de atividade física regular e ter uma rotina de vida estressante, isso de alguma forma e em algum momento de nossas vidas vai custar alto.
Vejam somos heranças genéticas dos mais fortes e resistentes, os que caçavam melhor, os que lutavam com melhor eficiência, ou seja, nossa essência é de indivíduos totalmente ativos, sendo que a inatividade vai contra nossos vestígios evolutivos genéticos. Tenho certeza que alguns eventos realmente são inevitáveis, mas precisamos nos preparar para o previsível, pois parece obvio que manter uma rotina sedentária a última instância nos aproxima de algo totalmente previsível e esperado.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Troféu Cidade São Paulo

Nessa última terça, 25 de janeiro, como todos devem saber foi o aniversário da cidade de São Paulo, cidade essa que ainda tenho um certo receio de dizer que gosto, mas respeito e aprecio. Um dos grandes eventos que aconteceu foi o XII Troféu Cidade São Paulo com provas de 6,1 e 10Km, a prova de 10Km foi a minha primeira do ano, confesso que treinos programados não tinha feito ainda e essa serviu apenas para um laboratório, pois acredito que consegui desde a cirurgia fazer uma boa base, com fortalecimento muscular.
Desta maneira confirmei alguns fatos como: suplementação prévia e durante são importantes, essa estratégia tem sem duvida grande participação em eventos que se pretende ter um bom resultado com o mínimo de incómodo, outro ponto observado é a importancia da programação a curto prazo, que envolve o descanço em especial. Digo isso porque foi uma prova que não consegui descansar efetivamente um dia antes e não consegui render o suficiente, tudo isso agravado pelo calor que foi intenso e castigador. Fora essas intercorrências a prova foi bem bacana, pois reencontrar amigos e estar nesse ambiente é muito prazeroso.
Ao sair desse evento quando cruzava a ponte Eusébio com minha companheira "magrela" vi a marginal congestionada de bicicletas, uma cena inusitada e bem legal, que bom se fosse sempre assim!
Bom treinos e ótimos projetos a todos... e busquem resultados!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

2011


Fala galera...
O ano que se encerrou fechamos com a maravilhosa prova "8 Desafio de Campos", muito linda e aconselho aos amantes do ciclismo a colocarem em seu calendário, onde realmente colhi os frutos dos treinos que se iniciaram após a minha cirurgia no joelho que ocorreu em junho, aproximadamente 4 meses, e realmente pude observar que um treino bem feito e com uma dieta bem controlada faz toda a diferença, e diante disso gostaria de agradecer o grande amigo que tive a oportunidade de conhecer que é o Fernando Marques, que orquestra magnificamente a First Studio Personal.
E para esse ano acredito que realmente será muito bom, a principal novidade profissional é minha ultima publicação e especial, que vocês podem encontrar no link logo abaixo na aba "artigos internacionais", esse trabalho se trata do meu mestrado e a partir dele surgiram novas ideias e novos trabalhos, um deles é o trabalho do IC (Iniciação Científica) Caio Yogi Yonamine que esta rendendo resumos em congressos e estamos finalizando outro artigo com esses dados, outra novidade é que agora ele é um mestrando aqui em nosso laboratório.
Pessoalmente e esportivamente tenho grandes e pequenos planos, desta vez bem traçados, para esse ano, aconselho a todos a traçarem metas e persegui las.
Um bom ano para todos cheio de oportunidades...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

XXIX Troféu Brasil de Atletismo

Faz algum tempo que queria assistir o Troféu Brasil de Atletismo, e nesse ano consegui um tempinho para assistir na sexta-feira (17/set) algumas provas que foi realizado no Centro Esportivo de São Paulo, com uma pista maravilhosa.
Sabe se que esse conjunto de provas dentre elas: corridas, saltos e lançamentos são consideradas provas nobres e uma das mais antigas realizadas, sendo assim fica fácil saber por que assistir um espetáculo desse a céu aberto se torna uma oportunidade impar e também sou suspeito para dizer algo sobre atletismo pois tenho um grande apreço por essa modalidade.
E pasmem ao chegar ao evento me sento a alguns centímetros do Vanderlei Cordeiro de Lima um medalhista olímpico, e começo a me deparar com um monte de atletas que estamos acostumados a ver nos noticiários e o mais legal e interessante que eles estavam ali ao alcance dos olhos e com uma postura bem simples e acessível, totalmente diferente do estrelismo de alguns “atletas”. Ver aqueles ATLETAS, sim... para mim com letra maiúscula mesmo, no meio da arquibancada sem grandes luxos ou qualquer badalação me fez refletir, sabendo que o atletismo é um esporte que guardadas as proporções pode ser praticado sem muito investimento, porque não encher aquela arquibancada de jovens colegiais e incentivar de alguma maneira essa modalidade com mais fomento e vontade. Por que os canais abertos pouco deram importância para esse evento e preferem continuar a divulgar as mesmices de sempre... bom acho que as respostas podem ser complexas e alongadas!!!
Mas puxando a sardinha para o meu lado, se isso ocorresse teríamos mais pesquisas na área e conseqüentemente mais resultados positivos e acho que com certeza poderíamos almejar algo maior nos jogos olímpicos.
Para aqueles que nunca assistiram... assistam...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Utilização da creatina: objetivos práticos e eficiência

Com a liberação da comercialização da velha conhecida creatina surgem algumas duvidas quanto ao protocolo e/ou estratégia de utilização, mas antes de tentarmos expor aqui alguns dados encontrados na literatura vale lembrar mais uma vez que a creatina orgânica tem duas fontes, a síntese pelo próprio organismo, a partir de 3 aminoácidos (arginina,glicina e metionina) e a ingestão de alimentos, especificamente das carnes. O pool orgânico desta substância encontra-se localizado quase na sua totalidade (95%) na musculatura esquelética e sua regeneração após um exercício intenso é um processo dependente da via oxidativa. A maioria dos estudos de suplementação com creatina tem mostrado a possibilidade de aumentar o pool orgânico deste composto em cerca de 10 a 20%, embora alguns estudos tenham evidenciado acréscimo de até 50% em seus níveis totais, após a suplementação em indivíduos não vegetarianos e de ate 60% em atletas vegetarianos. Sendo assim a creatina é essencial no processo de regeneração do ATP, sendo que em torno de dois terços da creatina é fosforilada pela enzima creatina cinase (CK) formando creatina fosfoto (PCr). Durante a realizaçao de exercícios intensos e explosivos, por exemplo exercícios repetitivos (intermitentes), de alta intensidade, curta duração e com períodos de recuperação muito curtos, o fosfato da creatina fosfato é liberado para fornecer energia para a ressíntese de ATP. Sendo assim a ampliação da reserva de energia no músculo através da creatina tem permitido aprimorar o desempenho físico de atletas e praticantes das mais diversas atividades.
Vamos ao que interessa, na literatura encontramos vários protocolos de utilização, dos mais curtos: 0,35g/Kg de peso corporal por 5 dias, 20g durante 5 dias, 5g diárias de creatina dividas e 4 doses ao dia durante 5 dias, 5g de creatina mais 1g de sacarose 4 vezes ao dia durante 5 dias; protocolos mais longos: 20g por dia durante 10 dias seguidos de 4g por 20 dias, 25g por 7 dias seguidos de 5g por 11 semanas, 20g por 5 dias seguidos de 3 g por 47 dias, 20g por 5 dias seguidos de 2 g por 37 dias, e por ai vai, pois a literatura é extensa nos protocolos, indivíduos e gêneros utilizados. Postula se ainda que a suplementação de creatina juntamente com 1g de glucose/Kg de massa corporal aumenta a absorção da creatina em relação a suplementação sem carboidrato devida a melhor captação auxiliada pela secreção de insulina.
No entanto, um grande número de estudos mostra os efeitos benéficos no ganho de massa muscular, retardar fadiga, melhorar desempenho a esforços intermitentes, número máximos de repetições (RM) e em relação ao desempenho contra vários artigos mostrando dados opostos. Sendo assim o estabelecimento dos efeitos positivos e praticos fica prejudicado devido a essa grande diversidade de protocolos e indivíduos utilizados como modelo dos estudos, portanto a escolha do protocolo utilizado deve ser embasada em um modelo que se assemelha ao seu propósito, levando em consideração o principio da individualidade biológica, salientar mais uma vez que estudos foram realizados para comprovar a segurança dessa suplementação, sendo demonstrado não ser capaz de prejudicar a função renal e hepática, ou seja, essa estratégia parecer ser eficiente e segura.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

BCAA (aminoácido de cadeia ramificada) velho conhecido!



Os BCAAs são velhos conhecido do mundo da suplementação, ou pelo menos para aqueles que se interessam pelo assunto, lembrando que esse combinado contem alguns aminoácidos essenciais, ou seja, aminoácidos que não são sintetizados pelo nosso corpo, como: isoleucina, valina e leucina, a única fonte é através da ingestão alimentar.
Esses aminoácidos estão relacionados a melhora do quadro de imunossupressão que ocorre após a realização de exercícios intensos e prolongados, bem como o aumento da síntese protéica. O aumento da utilização de BCAAs durante o exercício leva a diminuição desses na concentração plasmática, pois são utilizados pelo músculo esquelético como substrato para a produção de glutamina, aminoácido importante para a manutenção da função imune, esse seria um dos mecanismos envolvidos na imunossupressão característica em atletas de atividades prolongadas, citada anteriormente, ou seja, um período de maior suscetibilidade a infecções do trato aéreo, em especial.
Durante a realização de exercícios prolongados a dor muscular e a perda de massa muscular acentuada são fatores limitantes para a manutenção da função muscular. Vários estudos relatam que a suplementação de BCAAs possui um efeito de atenuar a perda muscular e o surgimento da dor muscular, melhorando a performance durante a realização de exercícios intensos.
Um estudo investigou o efeito da suplementação de BCAAs em corredores durante um programa intenso de treinamento. Sendo assim a suplementação pareceu retardar o surgimento da dor muscular e fadiga, juntamente com uma redução da perda muscular, avaliada por marcadores plasmáticos clássicos, acompanhados da redução da inflamação.
Sendo assim vemos mais uma vez que a suplementação realmente pode fazer a diferença em uma determinada situação, e embasar estratégias nutricionais e de treinamento parece realmente fazer toda a diferença quando se objetiva algo a mais...
Matsumoto K, Koba T, Hamada K, Sakurai M, Higuchi T, Miyata H. Branched-chain amino acid supplementation attenuates muscle soreness, muscle damage and inflammation during an intensive training program. J Sports Med Phys Fitness. 2009 Dec;49(4):424-31.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Carboidrato antes ou depois?



Conversando com um grande amigo, ele sugeriu que deveria comentar algumas coisas mais aplicadas e não tão cientificas. Mas vejam... minha função é aproximar o que vocês e eu fazemos (treinamento), do mundo da ciência e vice-versa. E confesso que essa é minha missão...
Dentro disso, uma das perguntas que sempre ouço é: quando e quanto devo tomar de carboidrato (CHO) no treino de musculação?
Antes de entrarmos nessa questão vamos pensar... sabemos que a massa muscular esquelética esta em constante remodelamento e que esta se encontra em um equilíbrio entre uma taxa de síntese e degradação protéica, desta maneira brigamos e utilizamos das mais diversas estratégias para tentarmos favorecer a síntese protéica, pelo menos a maioria de nos (rs). Para entendermos essa maquinaria imaginemos uma patologia como AIDS ou o câncer que tem a capacidade causar um desequilíbrio nessa balança de ajuste fino, prevalecendo assim degradação protéica, sendo o inverso verdadeiro quando tentamos via estratégia nutricional ou métodos de treino prevalecer a síntese protéica.
Essa semana li um artigo bem interessante, que investigou a suplementação de CHO sobre metabolismo protéico após o treinamento resistido para membros inferiores realizados de forma unilateral, os indivíduos receberam 1 g/kg de CHO ou placebo imediatamente ao inicio do treino e 1 hora depois do termino do treino, onde se investigou a taxa de síntese protéica, marcadores de dano muscular na urina e comportamento glicêmico. Dentro dessa perspectiva foi observado que os indivíduos que receberam a carga de carboidrato imediatamente ao inicio e ao final tiveram diminuição na taxa de degradação protéica com redução dos marcadores de lesão muscular, ou seja, parece que a utilização dessa estratégia tem um efeito benéfico sobre a atenuação do dano muscular durante o treinamento melhorando assim a síntese protéica.
Estratégia, conhecimento e treinamento levado a serio sempre traz resultado...

Roy BD, Tarnopolsky MA, MacDougall JD, Fowles J, Yarasheski KE. Effect of glucose supplement timing on protein metabolism after resistance training. J Appl Physiol. 1997 Jun;82(6):1882-8.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Hormônio do Crescimento Humano e exercício físico

Fisiologicamente, esse hormônio atua promovendo aumento do transporte de aminoácidos para os tecidos e do conteúdo de RNA mensageiros (mRNAs) favorecendo o anabolismo protéico, bem como estimulando a lipólise, sendo importante também para a manutenção da massa óssea e reparo dos tecidos. Estudos relatam que a secreção de GH se eleva durante o exercício, existindo uma relação direta entre a intensidade e a concentração do hormônio. Desta forma, tal hormônio ganhou popularidade devido aos seus potentes efeitos no ganho de massa muscular e sua ação lipolítica. Devido a esses efeitos fisiológicos, o GH têm sido utilizado como um recurso ergogênico, sendo considerado um método ilícito em competições esportivas e olímpicas. Sabe-se que muitos dos efeitos do GH ocorrem, de forma indireta, devido ao aumento da síntese hepática e tecidual de IGF-I, visto que a secreção deste último é estimulada pelo GH. O IGF-I é fator de crescimento que atua praticamente em quase todas as células do organismo, promovendo efeitos generalizados sobre o ganho de massa muscular e reparação. A ação do IGF-I consiste em promover a captação de aminoácidos pelas células, bem como ativar a transcrição de genes que codificam proteínas estruturais e funcionais específicas na musculatura esquelética e em outros tecidos.
Vale ressaltar que alguns estudos demonstraram que determinados estados catabólicos estão associados ao aumento na concentração do mRNA da miostatina, proteína relacionada com o catabolismo protéico e a redução nos níveis do mRNA de IGF-I no músculo.
Nesse sentido, os efeitos positivos do GH, de forma aguda, parecem estar bem claros. Contudo, a exposição crônica a concentrações anormais desse hormônio apresenta efeitos deletérios bem conhecidos, como o efeito diabetogênico, que incluem o aumento da glicemia, estimulação da lipólise, inibição do transporte de glicose, culminando para a resistência periférica à ação da insulina.
Uma outra estratégia postulada foi a utilização do IGF-I. Estudos realizados com animais, ratos hipofisectomizados, ou seja animais que sofreram uma ruptura no eixo hipotálamo hipófise, quando tratados com GH mostraram um aumento de 3 vezes na produção de mRNA de IGF-I muscular, quando comparado com o tratamento com IGF-I, que restabeleceu parcialmente os valores normais, ou seja, o IGF-I estimulado pela ação do GH sobre a musculatura esquelética parece exercer o efeito sobre o aumento da síntese protéica. Sabe-se ainda que peptídeos possuem uma meia vida muito limitada, ou seja, a utilização deste não teria um efeito promissor, bem como não existem suplementos que contenham esse peptidio.
Portanto, a secreção e ação do GH respeita um balanço modulado por vários fatores, descrito anteriormente, levando assim a suas ações. O aumento exacerbado de sua concentração, seja por via endógena ou exógena, pode induzir efeitos deletérios, como a resistência à insulina, o prognatismo (crescimento das extremidades ósseas), hiperlipidemia e a cardiomegalia (crescimento do coração).

Sartorelli, V. and Fulco, M. Molecular and Cellular Determinants of Skeletal Muscle Atrophy and Hypertrophy, Sci STKE (244),11.2004.x
LeRoith D.; Bondy C.; Yakar S.; Liu J.l.; Butler A. The somatomedin hypothesis. Endocr. Rev. 22:53-74. 2001.

Lang, C.H.; Slvis, C.; Nystrom, G. and Frost, R.A. Regulation of myostatin by glucocorticoids after thermal injury. FASEB J. 15(10):1807-9. 2001.

Gostelli-Peter M, Winterhalter KH, Schmid C, Froesch ER, Zapf J. Expression and regulation of insulin like growth factor I (IGF-I) and IGF binding protein messenger ribonucleic acid levels in tissues of hypophysectomized rats infused with IGF-I and growth hormone. Endocrinology 135: 2558–2567.1994.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Superação!!!


Vou dar uma pausa nos posts relacionado às discussões sobre fisiologia, e vou tentar comentar e refletir sobre alguns assuntos que vem me incomodando nos últimos dias, devido aos fatos.
Como um amante do ciclismo, acompanhei o Tour de France, lógico que na torcida pelo Lance Armstrong, sabendo de todo o histórico desse atleta magnífico. No entanto ele se manteve regular na maioria das etapas fechando o Tour em terceiro na colocação geral, sendo que seu companheiro de equipe, Alberto Contador, se consagrou campeão. Vale comentar que o Tour de France é umas das provas mais difíceis do planeta, onde são aproximadamente 21 dias contínuos de provas, realizando etapas com dificuldades variadas, testando a resistência e potência dos atletas.
No último domingo assisti uma matéria interessantíssima sobre Dara Torres, uma brilhante nadadora de 42 anos que ainda compete, em nível olímpico, que me fez pensar em algumas coisas, que vou compartilhar.
E aí a pergunta, o que tem a ver esses dois atletas, e onde eu quero chegar com esse artigo?
Esses dois atletas possuem em comum uma idade avançada para os padrões atuais de atletas competitivos, e dentro disso conseguem ainda se destacar, mesmo subestimados e como sempre questionados sobre o uso de recursos ilícitos, acusações não comprovadas.
Sendo assim, a maioria das pessoas não pensa sobre o dom desses atletas ou sobre suas capacidades ímpares de concentração e de determinação, pois isso só permea os pensamentos de quem realmente um dia competiu em algum tipo de prova esportiva, pois agüentar as cargas de treino e conseguir cumprir com suas obrigações fora do ambiente desportivo são para poucos. E umas das coisas que se torna o diferencial desses atletas, acredito ser a capacidade de superação, pois no caso do Lance, ele após um câncer, desacreditado por muitos, venceu 7 vezes o Tour, se afastando do circuito por 4 anos e retornando otimamente esse ano. Já no caso da Dara, é freqüentemente questionada sobre uso de recursos ilícitos e sobre sua idade, e ela responde com resultados ainda melhores que os alcançados na sua juventude.
Esses resultados são frutos de capacidades nata desses fenômenos, é indiscutível, e lógico da adequação dos treinos para esses indivíduos, pois essa é a ferramenta, altamente individualizada, que permite que esses atletas continuem a alcançar resultados surpreendentes.
Dentro dessas elucubrações, fica a mensagem para sua vida pessoal ou esportiva, o quão esta disposto a se superar?O quanto esta determinado no seu objetivo?E não se subestime, deixe que os infortunados façam isso por você!!!