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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Pós-Graduação e seus processos / Science processes

Nesses últimos meses tenho focado nos esforços das minhas publicações/estudos que estavam pendentes, dentre esses estava o meu trabalho de pós-doutorado que terminei no início de 2015. E nessa última semana tive a confirmação da publicação desse artigo. Curiosamente obtive essa informação da publicação enquanto realizava um curso sobre divulgação cientifica, que discutia a importância da divulgação da ciência produzida nas universidades para a sociedade. E parte desse processo da divulgação e tornar o conhecimento produzido em projetos de pesquisa em publicações na forma de artigo. Esse estudo teve como cerne investigar mecanismos de proteólise muscular, ou seja, perda de massas muscular, em animais diabéticos.




Over the last few months I’ve had focused in my manuscripts and one of them was my postdoctoral's study that I finished in 2015. Last week I received the accept email of this article. I'm so proud and glad about this article accepted.

 2016 Dec 20. doi: 10.1007/s11010-016-2910-z. [Epub ahead of print]

Dysregulation between TRIM63/FBXO32 expression and soleus muscle wasting in diabetic rats: potential role of miR-1-3p, -29a/b-3p, and -133a/b-3p.

Abstract

Diabetes mellitus (DM) induces a variable degree of muscle sarcopenia, which may be related to protein degradation and to the expression of both E3 ubiquitin ligases and some specific microRNAs (miRNAs). The present study investigated the effect of diabetes and acute muscle contraction upon the TRIM63 and FBXO32 expression as well as the potential involvement of some miRNAs. Diabetes was induced by streptozotocin and studied after 30 days. Soleus muscles were harvested, stimulated to contract in vitro for twitch tension analysis (0.5 Hz), 30 min later for tetanic analysis (100 Hz), and 30 min later were frozen. TRIM63 and FBXO32 proteins were quantified by western blotting; Trim63 mRNA, Fbxo32 mRNA, miR-1-3p, miR-29a-3p, miR-29b-3p, miR-133a-3p, and miR-133b-3p were quantified by qPCR. Diabetes induced sarcopenia by decreasing (P < 0.05) muscle weight/tibia length index, maximum tetanic contraction and relaxation rates, and absolute twitch and tetanic forces (P < 0.05). Diabetes decreased (P < 0.05) the Trim63 and Fbxo32 mRNAs (30%) and respective proteins (60%), and increased (P < 0.01) the miR-29b-3p (2.5-fold). In muscle from diabetic rats, acute contractile stimulus increased TRIM63 protein, miR-1-3p, miR-29a-3p, and miR-133a/b-3p, but decreased miR-29b-3p (P < 0.05). Independent of the metabolic condition, after muscle contraction, both TRIM63 and FBXO32 proteins correlated significantly with miR-1-3p, miR-29a/b-3p, and miR-133a/b-3p. All diabetes-induced regulations were reversed by insulin treatment. Concluding, the results depict that muscle wasting in long-term insulinopenic condition may not be accompanied by increased proteolysis, pointing out the protein synthesis as an important modulator of muscle sarcopenia in DM.

KEYWORDS:

Acute contraction; Atrogene; Sarcopenia; Soleus; Streptozotocin

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Glicosamina e Diabetes / Glicosamine and Diabetes

É comum pessoas com algum tipo de desgaste articular usar dessa suplementação para o combate e/ou prevenção da progressão. Mas a algum tempo publicações tem demonstrado que a glicosamina pode desempenhar um efeito colateral relevante, causando a resistência à ação da insulina. 

It's usual that people with osteoarthritis disease used these supplementation to tackle and/or prevent the development of the disease. Over the past few years the lecture has demonstrated that the glicosamine could play a adverse effect. This supplementation could cause insulin resistance and a recent study shows these strategies do not prevent development of osteoarthritis.


http://www.healthgalleries.com/arthritis-osteoarthritis


References:
1: Muniyappa R. Glucosamine and osteoarthritis: time to quit? Diabetes Metab Res Rev. 2011
 Mar;27(3):233-4. doi: 10.1002/dmrr.1179. PubMed PMID: 21370382.

2: Dostrovsky NR, Towheed TE, Hudson RW, Anastassiades TP. The effect of glucosamine 
on glucose metabolism in humans: a systematic review of the literature. Osteoarthritis Cartil 
ge. 2011 Apr;19(4):375-80. doi: 10.1016/j.joca.2011.01.007. Epub 2011 Jan 18. Review. 
PubMed PMID: 21251987.

3: Pham T, Cornea A, Blick KE, Jenkins A, Scofield RH. Oral glucosamine in doses used to 
treat osteoarthritis worsens insulin resistance. Am J Med Sci. 2007 Jun;333(6):333-9. 
PubMed PMID: 17570985.


http://www.healthgalleries.com/arthritis-osteoarthritis

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ignore os pessimistas - IGNORE THE NAYSAYERS

Algumas dicas de um dos mais impressionantes atletas dessa modalidade:
Some tips from one of the most awesome athletes of this modality:


 




 Enjoy...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Qual a dose de Whey?


Pergunta constante para aqueles que treinam e buscam um aumento da performance e também para o iniciantes que leram a recomendação do fabricante no pote do suplemento. Mas vou ser breve, os estudos mostram uma dose ideal após o treinamento, essa dose seria 20 g de whey protein, dessa maneira você maximiza o estimulo a síntese proteica, ou seja, aumento de massa magra.





http://www.yourwellness.com/wp-content/uploads/2013/03/whey-protein-drink.jpg



Leituras para diversão:
1: Moore DR, Robinson MJ, Fry JL, Tang JE, Glover EI, Wilkinson SB, Prior T, TarnopolskyMA,
Phillips SM. Ingested protein dose response of muscle and albumin protein synthesis after
resistance exercise in young men. Am J ClinNutr. 2009 Jan;89(1):161-8.
doi: 10.3945/ajcn.2008.26401.
2: Moore DR, Tang JE, Burd NA, Rerecich T, Tarnopolsky MA, Phillips SM. Differentialstimulation
of myofibrillar and sarcoplasmic proteinsynthesis with protein ingestion at rest and after  
resistance exercise. J Physiol. 2009 Feb15;587(Pt4):897-904.
doi:10.1113/jphysiol.2008.164087.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Suplementação de CaHMB e HIIT

Texto publicado no DROPSET

Escrever atualmente sobre suplementação e treinamento tem sido uma tarefa fácil para aqueles que se julgam conhecedores dessa área, mas na verdade essa é uma área delicada, que para os mais dedicados demanda tempo para leitura de vários artigos, para assim poder transpor esses dados acadêmicos para a área prática e até mesmo clínica, eventualmente. Gostaria que entendessem que a leitura que nos referimos são artigos científicos, ou seja, dados confiáveis obtidos com rigor científico e embasamento teórico.
Já escrevemos aqui sobre os mais diversos suplementos utilizados e suas aplicações descritas até o momento. Vamos citar mais uma vez o HMB (beta hidroxi beta metilbutirato) um metabólito do aminoácido leucina, que mesmo sem estar tão falado atualmente ainda é responsável por algumas publicações de relevância. Esse artigo de Robinson et al. (2014) em especial, tratou de aliar a suplementação de HMB e a realização do exercício intermitente de alta intensidade ou HIIT (high-intensity interval training) que foi explicado aqui mesmo em nossa página com um esclarecedor e detalhado texto, não deixem de vê-lo antes. Esse tipo de treinamento tem se mostrado eficiente em melhorar a capacidade oxidativa resultando em redução da gordura corporal (Whyte et al, 2010; Tremblay et al, 1994).
No estudo em questão participaram homens e mulheres entre 18 e 35 anos ativos fisicamente. Divididos em controle (CTL, n=8), os quais realizaram somente os testes pré e pós as 4 semanas, placebo com HIIT (PLA-HIIT, n=13) e o grupo suplementado com CaHMB (cálcio HMB) e HITT (CaHMB-HITT, n=13), que realizaram os treinamentos 3 vezes por semana durante 4 semanas, onde também foram avaliados antes dos treinamentos e após esse período.
Os dados apresentaram efeitos da suplementação de HMB com o HIIT, em especial com relação ao VO2 pico (VO2 peak), VT (limiar ventilatório), dentre outros fatores apontados nesse estudo, ou seja, de alguma maneira a suplementação melhorou a capacidade aeróbia, visto que esses parâmetros buscam avaliar essa capacidade em específico (Fig. 2 e 7, respectivamente). No entanto, Vukovich e Dreifort (2001) investigou a suplementação de HMB em ciclistas de endurance e não observaram o aumento de VO2 de pico, somente uma melhora sobre um teste de exercício incremental (OBLA). Como citado nesse trabalho em questão, a inconformidade dos dados pode ser devido ao grau de treinamento dos indivíduos selecionados, visto que os maiores efeitos da suplementação de HMB parecem ser mais eficientes em indivíduos destreinados (Zanchi et al, 2011).
Alguns outros dados mostram que a suplementação de HMB em corredores resultou em redução dos marcadores plasmáticos de dano muscular e que de alguma maneira essa estratégia pode acelerar a recuperação muscular frente aos treinamentos (Knitter et al, 2000). Especula se ainda que o HMB aprimore os efeitos do HIIT melhorando parâmetros metabólicos relacionados ao sistema oxidativo e a biogênese mitocondrial, bem como aumento do conteúdo de ATP e glicogênio (Pinheiro et al, 2012).
Desta maneira, a suplementação de HMB e HIIT parecem se mostrar eficiente também na melhora do desempenho aeróbio. Vale somente ressaltar que qualquer estratégia adotada, seja de treinamento ou suplementação, deve ser orientada e adequada à realidade da rotina de cada atleta ou indivíduo.



Referências:
Robinson EH 4th, Stout JR, Miramonti AA, Fukuda DH, Wang R, Townsend JR, Mangine GT, Fragala MS, Hoffman JR. High-intensity interval training and β-hydroxy-β-methylbutyric free acid improves aerobic power and metabolic thresholds. J Int Soc Sports Nutr. Apr 26;11:16, 2014

Tremblay A, Simoneau JA, Bouchard C. Impact of exercise intensity on body fatness and skeletal muscle metabolism. Metabolism. 43(7):814-818, 1994.

Whyte LJ, Gill JM, Cathcart AJ. Effect of 2 weeks of sprint interval training on health-related outcomes in sedentary overweight/obese men. Metabolism. 59(10):1421-1428, 2010.

Vukovich MD, Dreifort GD. Effect of beta-hydroxy beta-methylbutyrate on the onset of blood lactate accumulation and VO2 peak in endurance-trained cyclists. J Strength Cond Res. Nov;15(4):491-7, 2001.

Zanchi N, Gerlinger-Romero F, Guimarães-Ferreira L, de Siqueira Filho M, Felitti V, Lira F, Seelaender M, Lancha A:HMB supplementation: clinical and athletic performance-related effects and mechanisms of action. Amino Acids. 40(4):1015–1025, 2011.

Knitter A, Panton L, Rathmacher J, Petersen A, Sharp R:Effects ofβ-hydroxy-β-methylbutyrate on muscle damage after a prolonged run. J Appl Physiol. 89(4):1340–1344, 2000.


Pinheiro C, Gerlinger-Romero F, Guimarães-Ferreira L, Souza-Jr A, Vitzel K, Nachbar R, Nunes M, Curi R:Metabolic and functional effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB) supplementation in skeletal muscle.Eur J Appl Physiol.112(7):2531–2537, 2012.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Carboidratos e proteínas no treinamento aeróbio - Texto publicado no DROPSET

A utilização de suplementos destinada se hoje para os mais variados fins. Nossas matérias anteriores têm discutido sobre estratégias e/ou maneiras de maximizar os benefícios dos treinos bem como da suplementação. Sabe se que o maior marketing e objetivos dos fabricantes visam orientar a venda para os praticantes do treinamento de força, marcado esse emergente na atualidade. Mas não podemos nos esquecer de que os praticantes dos treinamentos de predominância aeróbia também buscam melhores rendimentos com a suplementação, bem como maiores informações sobre como utilizar essa variedade de produtos.
É reconhecida que a utilização de carboidratos no exercício aeróbio se mostra eficiente em prolongar e melhorar a performance, por prevenir a redução de glicose no sangue (hipoglicemia).
Algumas entidades como American College of Sports Medicine e National Athletic Trainers Association não se referem a benefícios de bebidas de reidratação contendo proteínas durante o exercício aeróbio.  No entanto a International Society of Sport Nutrition reconhece que a adição de proteína em bebidas de reidratação (contendo carboidratos e eletrólitos) possivelmente aumenta os efeitos de tais bebidas (Stearns et al. 2010).
Sabe se que a proteína é uma ineficiente fonte de combustível e contribui minimamente para as demandas energéticas do exercício. No entanto existem outros relevantes efeitos fisiológicos da proteína, bem como ela pode aumentar a biodisponibilidade de aminoácidos aumentando a insulina e diminuindo o cortisol. Essas alterações metabólicas e hormonais durante o exercício tem impacto sobre a oxidação de glicose, gordura, utilização de glicogênio e inibição da proteólise.
Outra hipótese da utilização de aminoácidos durante o exercício aeróbio prolongado refere se a sua relação com a fadiga central. Sendo que durante o exercício aminoácidos são utilizados pelos músculos, essa metabolização aumenta a razão triptofano livre e aminoácidos no sangue. Aumentos desse triptofano livre são captados pelo cérebro como um importante percussor da serotonina, que prejudica a função do sistema nervoso central durante o exercício prolongado. Desta maneira a adição de aminoácidos a bebidas de reposição poderia ter um efeito de diminuir a razão de triptofano livre e aminoácidos, retardando assim a fadiga central.
Outro fator importante e reconhecido dos aminoácidos é o seu efeito de melhora sobre o sistema imunológico (Bassit et al. 2002).
Em uma recente meta-análise buscou verificar os efeitos das bebidas de reidratação contendo quantidades de proteínas sobre a performance com base nos trabalhos publicados até o momento. Diante desses dados observou se um aumento médio do tempo de exaustão do exercício aeróbio (~9%) com a ingestão de bebidas contendo proteína em comparação com bebidas a base de carboidratos (fig. A).
Estudos anteriores comprovam que bebidas a base de carboidrato adicionada com proteína é capaz de reduzir dano muscular e dor muscular em corredores (Luden et al. 2006), e aumentar a performance em ciclistas (St. Laurent et al. 2006).
Sabe se que a ingestão de proteínas/aminoácidos aos praticantes de treinamento de força é capaz de estimular a síntese de proteínas contrateis, contribuindo assim para a hipertrofia, no entanto a ingestão de proteínas aos praticantes dos exercícios aeróbios parece estar direcionada à síntese de proteínas relacionada à maquinaria oxidativa, ou seja, aumentando a eficiência do rendimento do exercício.
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Referências:
Stearns RL, Emmanuel H, Volek JS, Casa DJ. Effects of ingesting protein in combination with carbohydrate during exercise on endurance performance: a systematic review with meta-analysis. J Strength Cond Res. 2010.
Bassit RA, Sawada LA, Bacurau RF, Navarro F, Martins E Jr, Santos RV, Caperuto EC, Rogeri P, Costa Rosa LF. Branched-chain amino acid supplementation and the immune response of long-distance athletes. Nutrition. 2002 May;18(5):376-9.
Luden, N, Saunders, M, Pratt, C, Bickford, A, Todd, M, and Flohr, J. Effects of a six-day carbohydrate/protein intervention on muscle damage, soreness and performance in runners. Med Sci Sports Exerc 38: S341, 2006

St. Laurent, T, Todd, M, Saunders, M, Valentine, R, and Flohr, J. Carbohydrate-protein beverage improves muscle damage and function versus isocarbohydrate and isocaloric carbohydrate-only beverages.Med Sci Sports Exerc38 (5): S340, 2006.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Suplementos compostos de multi-ingredientes - Texto publicado no Dropset

O mercado dos suplementos alimentares vem aumentando sua popularidade devido à várias maneiras de divulgação e/ou propaganda. Esse mercado prepara constantemente uma variedade de novos produtos com misturas de suplementos com efeitos bem descritos na literatura, tais como: bcaa, whey protein, caseína, cafeína e creatina; com substâncias ainda com pouca evidência científica. Muito desses suplementos são anunciados para obtenção de perda de peso, bem como ganhos de massa muscular, propaganda extremamente atraente aos diversos tipos de consumidores (Palisin, Stacy, 2005).
Desta maneira existe uma grande popularidade pelos suplementos compostos, chamados de multi-ingredientes ou MIPS (multi-ingredient performance supplements). Nesse sentido estudo de Ormsbee et al. (2012) investigou o efeito da suplementação com multi-ingredientes aliado ao treinamento de força durante 6 semanas. Os grupos experimentais foram divididos em:
-Grupo 1 (n=13): suplementados com multi-ingredientes comercial (whey protein, caseína, bcaa, creatina, beta alanina e cafeína) imediatamente a sessão de treino e logo após;
-Grupo 2 (n=11): suplementados imediatamente e após a sessão com um composto placebo.
O treinamento de força foi realizado três vezes por semana envolvendo os grandes e pequenos grupos musculares, com sessões de treinamento distintas entre os três treinos semanais. Lembrando que a primeira e segunda semana foram realizados treinos com intensidade de 70-75% 1 repetição máxima (RM), na terceira e quarta semana 80-85% 1RM e nas duas ultimas semanas sessões com 85-90% de 1RM. Ou seja, realizou se um periodização nessas 6 semanas de treinamento.
Os resultados não demonstraram diferenças sobre o treinamento de força bem como da suplementação sobre os paramentos hormonais avaliados (testosterona, GH, IGF-1). A suplementação com o multi-ingredientes aliado ao treinamento de força, demostrou aumento da massa magra em 6 semanas sem demonstrar qualquer redução sobre o percentual de gordura (fig.1) e ganhos adicionais da força muscular. No entanto, um aumento da potencia anaeróbica, avaliada pelo teste de Wingate, foi observado (fig.3).
A literatura apresenta que a ingestão de proteínas aliadas ao treinamento de força é uma estratégia eficiente e segura para promoção de ganhos de massa magra, e muito desses efeitos são potencializados com a suplementação isolada de alguns dos integrantes desse suplemento em questão. 
A utilização desse multi-ingredientes pré e pós-treino de força de 6 semanas se mostrou eficiente sobre os ganhos de massa magra e potencia anaeróbia, bem como sobre os paramentros cardiovasculares apresentados em outro trabalho dos mesmo autor (2013).
Ressaltamos sempre que é extremamente importante que a suplementação deve ser encaixada a sua rotina de treinos e alimentação e acompanhada por um nutricionista e profissional de ed. físico. Procure profissionais qualificados e capacitados.


Referências:

Palisin T, Stacy JJ. Beta-hydroxy-beta-Methylbutyrate and its use in athletics. Curr Sports Med Rep. 2005 Aug;4(4):220-3. Review.
Ormsbee MJ, Mandler WK, Thomas DD, Ward EG, Kinsey AW, Simonavice E, Panton LB, Kim JS. The effects of six weeks of supplementation with multi-ingredientperformance supplements and resistance training on anabolic hormones, body composition, strength, and power in resistance-trained men. J Int Soc Sports Nutr. 2012 Nov 15;9(1):49. doi: 10.1186/1550-2783-9-49.
Ormsbee MJ, Thomas DD, Mandler WK, Ward EG, Kinsey AW, Panton LB, Scheett TP,  Hooshmand S, Simonavice E, Kim JS. The effects of pre- and post-exercise consumption of multi-ingredient performance supplements on cardiovascular health  and body fat in trained men after six weeks of resistance training: a stratified, randomized, double-blind study. Nutr Metab (Lond). 2013 May 16;10(1):39. doi: 10.1186/1743-7075-10-39.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Conhecer para enverlhecer

Envelhecer é o processo normal e natural que todos sofreremos, para uns esse processo assombra e causa temor, mas para outros tal efeito biológico é encarado com inteligência e maturidade.  Tais pensamentos positivos acredito que permearam a cabeça do ciclista Cris Horner (foto acima) que aos 42 anos sagrou se campeão da Vuelta da Espanha 2013. Segundo as revistas especializadas ele pensou em aposentar, mas a determinação e a possível decepção de seu filho em dizer aos amiguinhos que seu pai era um ex-ciclista o fez buscar nova motivação.
Segundo a literatura a atrofia muscular inicia se de forma mais acelerada entre 25 e 30 anos, contribuindo para redução de força e função muscular.  No entanto a taxa de síntese protéica entre os indivíduos jovens e velhos não se diferencia na condição basal.
Vale ressaltar que em indivíduos idosos sobre estimulo essa via parece estar “dessensibilizada”. Ou seja, de alguma maneira a sinalização da síntese protéica com o passar dos anos tornar se resistente e/ou deficiente, assim como acontece com a resistência à ação da insulina que é comum acontecer com a senescência também.
Sabendo dessas particularidades torna se imprescindível uma suplementação individualizada e adequada, atentando se para as quantidades diferenciadas nas diferentes fases da vida, bem como no treinamento. E o mais importante é entender que toda e qualquer estratégia utilizada, seja ela nutricional ou de treinamento, deve ser totalmente focada nas peculiaridades da modalidade e no principio mais importante de treinamento que é a individualidade. 

Dickinson JM, Volpi E, Rasmussen BB. Exercise and nutrition to target protein synthesis impairments in aging skeletal muscle. Exerc Sport Sci Rev. 2013 Oct;41(4):216-23. doi: 10.1097/JES.0b013e3182a4e699.
Lexell J, Taylor CC, Sjöström M. What is the cause of the ageing atrophy? Total number, size and proportion of different fiber types studied in whole vastus lateralis muscle from 15- to 83-year-old men. J Neurol Sci. 1988 Apr;84(2-3):275-94.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pliometria, com qual objetivo?

Muitos esportes se beneficiam da melhora da performance no salto vertical, esse treinamento é destinado ao desenvolvimento de força rápida e/ou potência.  Sendo assim a contração rápida e/ou potência é a utilização da tensão da fase elástica, na fase excêntrica do músculo, para a rápida ativação na contração, fase concêntrica.
Então potência, como os físicos gostam de dizer, é a capacidade desenvolver a força em uma unidade de tempo, ou seja, resulta da força aplicada vezes o tempo.
Inúmeras modalidades esportivas se utilizam dessa ferramenta chamada de treinamento pliométrico, que foi introduzido por Verkoshanski em planilhas de treinamento de seus atletas. No entanto, é importante salientar que essa estratégia deve ser encaixada em um padrão de treinamento organizado e periodizado.
Sabendo de antemão que essa estratégia deve ser precedida de uma preparação de base eficaz, no sentido de ter uma musculatura forte e preparada para os grandes impactos que sofreram durante o treinamento pliométrico, evitando assim lesões e consequente afastamento dos treinos.
A literatura apresenta um trabalho que investigou a melhora da potência com treinamentos de força aliados a pliométria e a execução separadamente desses treinos, e verificaram que as maiores melhoras nos parâmetros de força e potência se encontraram no treino que conciliava ambas as estratégias. Um programa pliométrico com corredores  mostraram uma redução do tempo de corrida. 
Outro trabalho verificou que uma série de exercícios pliométricos com diferentes intervalos (1~5 min) de repouso, em jogadores de rugby, melhorou os parâmetros de saltos (altura) e pico de força.

1: Tobin DP, Delahunt E. The acute effect of a plyometric stimulus on jump performance in professional rugby players. J Strength Cond Res. 2013 May 17.
2: Perez-Gomez J, Calbet JA L. Training methods to improve vertical jump performance. J Sports Med Phys Fitness. 2013 Aug;53(4):339-357.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Treinamento individualizado

Ter uma orientação individualizada é importante?Essa é uma questão que sempre permeia o pensamento quando se cogita a possibilidade de contratar um profissional especializado (personal trainer). Para a grande maioria essa duvida é fácil de ser respondida, mas ainda uma parcela acha que isso é apenas um luxo ou um simbolo de status social. A orientação individualizada é fundada em um dos princípios básicos da teoria do treinamento, e se utilizando desse principio os resultados vão ser atingidos com maior magnitude e em um período mais curto. O estudo abaixo buscou investigar tal dúvida, analizando indivíduos experientes em treinamento de força após 12 semanas de treinamento com e sem supervisão sobre parâmetros do treinamento de força, e observaram que os indivíduos com orientação tiveram maiores ganhos de força e massa magra. 

1. Med Sci Sports Exerc. 2000 Jun;32(6):1175-84. The influence of direct supervision of resistance training on strengthperformance. Mazzetti SA, Kraemer WJ, Volek JS, Duncan ND, Ratamess NA, Gómez AL, Newton RU, Häkkinen K, Fleck SJ. The Human Performance Laboratory, Ball State University, Muncie, IN 47306, USA. PURPOSE: The purpose of this study was to compare changes in maximal strength, power, and muscular endurance after 12 wk of periodized heavy-resistance training directly supervised by a personal trainer (SUP) versus unsupervised training (UNSUP). METHODS: Twenty moderately trained men aged 24.6 +/- 1.0 yr (mean +/- SE) were randomly assigned to either the SUP group (N = 10) or the UNSUP group (N = 8). Both groups performed identical linear periodized resistance training programs consisting of preparatory (10-12 repetitions maximum (RM)), hypertrophy (8 to 10-RM), strength (5 to 8-RM), and peaking phases (3 to 6-RM) using free-weight and variable-resistance machine exercises. Subjects were tested for maximal squat and bench press strength (1-RM), squat jump power output, bench press muscular endurance, and body composition at week 0 and after 12 wk of training. RESULTS: Mean training loads (kg per set) per week were significantly (P < 0.05) greater in the SUP group than the UNSUP group at weeks 7 through 11 for the squat, and weeks 3 and 7 through 12 for the bench press exercises. The rates of increase (slope) of squat and bench press kg per set were significantly greater in the SUP group. Maximal squat and bench press strength were significantly greater at week 12 in the SUP group. Squat and bench press 1-RM, and mean and peak power output increased significantly after training in both groups. Relative local muscular endurance (80% of 1-RM) was not compromised in either group despite significantly greater loads utilized in bench press muscular endurance testing after training. Body mass, fat mass, and fat-free mass increased significantly after training in the SUP group. CONCLUSION: Directly supervised, heavy-resistance training in moderately trained men resulted in a greater rate of training load increase and magnitude which resulted in greater maximal strength gains compared with unsupervised training. PMID: 10862549 [PubMed - indexed for MEDLINE]

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Gasto calórico e suas aplicações


Fui procurado há alguns meses por um revista especializada para escrever sobre atividades físicas e gasto calórico, assunto esse complexo que requerem alguns conhecimentos prévios. Nesse sentido vamos a contextualização  da origem do termo gasto calórico.  Como o próprio nome diz isso é uma mensuração da produção de calor do corpo humano (em kcal), ou seja, é uma técnica que avalia o dispêndio calórico do individuo (calorimetria), seja em situações de repouso ou em atividade física. No entanto, essa técnica é difícil de ser executada e dispendiosa, sendo então estabelecido métodos indiretos de se verificar e mensurar tais situações. Assim, é sabido que as reações que liberam energia, em forma de calor do corpo dependem da utilização de oxigênio, desta maneira verificar o consumo de oxigênio nos mais variados estados se relaciona de maneira indireta ao metabolismo energético.
Diante disso é notório que existem distinções químicas na composição dos chamados macronutrientes, ou seja, carboidratos, gorduras e proteínas e que estes necessitam de diferentes quantidades de oxigênio para haver a oxidação por completa deles,  e essa distinção é importante para gerar dióxido de carbono como produto final. Percebam que essa variação entre quantidade de oxigênio e produção de dióxido de carbono é o que se baseia a calorimetria indireta.
Nosso corpo funciona a base de reações químicas e essas reações são possíveis pela utilização de oxigênio. Essas reações geram calor, e apesar de muitas vezes despercebidas são de extrema importância quando falamos de gasto calórico. Seguindo essa premissa, o método mais indicado para aumento do gasto calórico total é aumentar o consumo de oxigênio, gerando assim um maior gasto calórico, e consequentemente gerando uma maior  oxidação dos macronutrientes.
Diante das informações anteriores os macronutrientes necessitam de diferentes quantidades de oxigênio para se oxidarem e assim gerarem calor, isso na literatura é chamado de termogênese de indução dietética. O processo de emagrecimento deve ser regido por um processo simples onde o consumo alimentar não deve ultrapassar o gasto energético. Sendo assim, para o processo de emagrecimento ser efetivo o individuo precisa consumir mais oxigênio, gastando mais energia e ingerindo uma quantidade menor de energia (nutrientes) isso é descrito na literatura como balanço calórico negativo, onde o inverso também é verdadeiro, ou seja, quando o consumo é maior que o gasto isso se reflete em ganho de peso.
Um importante fato é que estudos comprovam que o exercício exerce um efeito de elevar a termogênese de indução dietética, ou seja, a pratica de exercícios torna o metabolismo mais eficiente na utilização de energia, mais “gastão” digamos assim. De uma maneira simples, gastar mais calorias e consumir menos é o ponto chave para o emagrecimento.
Calcular o gasto calórico de um individuo é possível através de tabelas de dados, onde dessa maneira é possível aproximar esse valor do real, onde o real somente é feito de maneira indireta por analisadores de gases. Outro ponto importante é que existe uma relação linear entre frequência cardíaca e captação de oxigênio, ou seja, através da frequência cardíaca é possível estimar o gasto calórico do individuo. No entanto, essa relação é complexa e a única maneira de encontrar os valores reais é tendo uma orientação nutricional profissional associado a um programa de treinamento bem orientado.
As melhoras da pratica de atividade física regular são bem relatadas na função cardiovascular, ou seja, existe uma melhora na eficiência do músculo cardíaco, melhora na vascularização, pois o exercício aumenta um importante fator de crescimento vascular. Outro ponto importante é a capacidade da atividade física melhorar o controle pressórico de pacientes hipertensos. O metabolismo muscular melhora de uma maneira geral a maquinaria na metabolização dos mais diversos substratos, produzindo uma capacidade de economia nas reservas internas de carboidratos, melhorando a restauração da quebra de algumas proteínas durante a atividade.
Além desses fatores a atividade física melhora o controle glicêmico, sendo dessa maneira fundamental para pacientes com disfunção nesse fino controle, como diabéticos.

Referencias:
Mcardle, W.; Katch, F. I. ; Katch, V. L. Fundamentos de Fisiologia do Exercício. 7 ed. São Paulo: 2011.
Wolinsky, I.; Driskell, J. A. Sports Nutrition Enenergy, Metabolism and Exercise. CRC Press, 2008.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Carboidrato antes ou depois?



Conversando com um grande amigo, ele sugeriu que deveria comentar algumas coisas mais aplicadas e não tão cientificas. Mas vejam... minha função é aproximar o que vocês e eu fazemos (treinamento), do mundo da ciência e vice-versa. E confesso que essa é minha missão...
Dentro disso, uma das perguntas que sempre ouço é: quando e quanto devo tomar de carboidrato (CHO) no treino de musculação?
Antes de entrarmos nessa questão vamos pensar... sabemos que a massa muscular esquelética esta em constante remodelamento e que esta se encontra em um equilíbrio entre uma taxa de síntese e degradação protéica, desta maneira brigamos e utilizamos das mais diversas estratégias para tentarmos favorecer a síntese protéica, pelo menos a maioria de nos (rs). Para entendermos essa maquinaria imaginemos uma patologia como AIDS ou o câncer que tem a capacidade causar um desequilíbrio nessa balança de ajuste fino, prevalecendo assim degradação protéica, sendo o inverso verdadeiro quando tentamos via estratégia nutricional ou métodos de treino prevalecer a síntese protéica.
Essa semana li um artigo bem interessante, que investigou a suplementação de CHO sobre metabolismo protéico após o treinamento resistido para membros inferiores realizados de forma unilateral, os indivíduos receberam 1 g/kg de CHO ou placebo imediatamente ao inicio do treino e 1 hora depois do termino do treino, onde se investigou a taxa de síntese protéica, marcadores de dano muscular na urina e comportamento glicêmico. Dentro dessa perspectiva foi observado que os indivíduos que receberam a carga de carboidrato imediatamente ao inicio e ao final tiveram diminuição na taxa de degradação protéica com redução dos marcadores de lesão muscular, ou seja, parece que a utilização dessa estratégia tem um efeito benéfico sobre a atenuação do dano muscular durante o treinamento melhorando assim a síntese protéica.
Estratégia, conhecimento e treinamento levado a serio sempre traz resultado...

Roy BD, Tarnopolsky MA, MacDougall JD, Fowles J, Yarasheski KE. Effect of glucose supplement timing on protein metabolism after resistance training. J Appl Physiol. 1997 Jun;82(6):1882-8.